sexta-feira, 29 de abril de 2011

Caso de Genie - Genética ou Meio?


Dada uma visão geral do caso da menina selvagem Genie e dos traços que o caracterizam, chegou a altura de analisar toda a informação com o intuito de ir ao encontro do dualismo – Hereditariedade e Meio. Daí que surja a questão:

"As características e os comportamentos de Genie foram produto da Genética ou do Meio? Ou então uma interacção entre os dois?"

Assim, tudo o que foi referido no post anterior faz sentido mesmo que aplicado no caso de Genie. Tanto a Genética como o Meio, bem como as relações/interacções entre ambos, influenciaram a pessoa que Genie era e a maneira como se comportava. Genie apresentava todas aquelas debilidades, devido ao facto de não ter qualquer contacto com o mundo exterior.


O ser humano caracteriza-se como um ser social e, como tal, constrói-se, desenvolve-se e molda-se no seio das relações sociais, estabelecendo relações com as outras pessoas. 
Por isso, sendo Genie privada de todo este meio social, não falava, não se relacionava com as pessoas, tinha comportamentos quase não humanos, entre muitas outras coisas. Não só não se desenvolveu como um ser social como também não se desenvolveu como um ser individual que apresenta características que lhe são únicas. Uma vez que somos seres que nos construímos a nós próprios, mas também que nos construímos enquanto seres sociais e culturais em relação com os outros.

Apesar de todo este cenário obscuro, Genie teve a capacidade, com a ajuda de diversas pessoas, de aprender algumas palavras e de se relacionar com os outros, quer por palavras simples, quer por gestos. E neste sentido, cremos que a capacidade de aprender algo e de reconstruir a identidade individual e social/cultural da Genie foi assegurada pela genética; esta capacidade de aprendizagem e de reter o que foi aprendido é algo que a genética nos proporciona enquanto seres humanos que somos.


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