sábado, 2 de julho de 2011

Erikson versus Freud


Erikson identificou o tributo de Freud para o entendimento do desenvolvimento, mas demarcou-se deste perspectivando o desenvolvimento de uma óptica não patológica. Apercebendo-se de que Freud persistiu excessivamente no domínio da sexualidade e das relações familiares.
O que diferencia basicamente, a Teoria Psicanalítica Contemporânea de Erik Erikson da Teoria Psicanalítica Clássica de Sigmund Freud, é o facto de Erikson ter uma concepção mais englobante do desenvolvimento, essencialmente porque, o desenvolvimento abarca todo o ciclo de vida e não é assente em termos psicossexuais, mas sim em termos psicossociais. Isto porque o meio não é só a família mas agentes externos, tais como, o meio sócio-cultural, os grupos e as sociedades. Para Erikson o desenvolvimento tem de ser enquadrado na relatividade cultural.
Outra das grandes disparidades entre eles é o facto, de Erikson ter como suporte da sua teoria, uma psicologia do Ego e não exactamente uma psicologia do Id. Como tal, e ao contrário de Freud, ressaltou que o ego não é um simples gestor, ao serviço dos impulsos do id. O ego, é uma energia positiva, e está envolvido num sistema de adaptação, ou seja, num melhor enquadramento da pessoa no mundo.  A questão da teoria freudiana «Como lidar com a ansiedade?» e a questão que se coloca na teoria de Erikson, é mais uma das diferenças entre estes dois autores, pois, a questão aplicada por Erikson, consiste na estruturação da identidade global e não unicamente psicossexual. Por isso e contrariamente a Freud, embora reconheça a importância dos primeiros anos de vida, o período que para lhe parece determinante e marcante é a adolescência.                                   
Apesar das diferenças, ambos pretenderam descrever a forma como o ser humano pode auto – realizar-se, e lidar com os indeclináveis conflitos psíquicos que são uma ocasião de enriquecimento ou de desajustamento à vida.

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